14 de novembro de 2009

later

Toda vez que andava de bonde com minha tia, antes de se sentar, ela tirava um tubo de talco da bolsa
e jogava sobre o assento. Intrigado, porém sem coragem de perguntar o porquê daquela atitude, eu a observava.
Certo dia, em um passeio pela Barão de Itaquara, tomei folêgo e perguntei:
- Tia Ada, por quê a senhora sempre joga talco sobre o assento?
Tia Ada olhou em volta e apontou-me um menino que cuspia sobre o assento.
- Está vendo? Não quero transformar a infância desses meninos em cuspe.
(14/10)





Dia a dia de um suicida:
- Puchar a descarga é fácil.
(14/10)


Tá qui, tá cá.

Onde? Tá aqui.
Onde? Tá cá.
Então, abandone Lisboa.

14/10/2009


Tenho perdido grande parte do meu líquido sobre uma fronha
Consequentemente a fronha transformar-se-á em parte de mim?
Não. Até a próxima lavavem.
Não. Até a próxima confissão.

15/10

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Poesia esculpida em carbono, oxigênio e nitrogênio.