14 de novembro de 2009

Lagarto

Perde sua língua
Diante de tantos beijos

Enrosca-se em fio de cabelo
(18/10)

Não perco a noite
Não perco o dia
Só perco o sono

(18/10)

É melhor morrer de vodca, Maiakovski
do que de alienação
(18/10)

Sumiu, Murilo
valeu mil poemas
(18/10)

later, o retorno

Já disse Leminski: "Tem tanta poesia no poeta, como no receptor"
E quase como disse Drummond: "Não devia te dizer/ Mas essa luz/ Mas essa vodca/ Deixam a gente comovido como o diabo"

(16/10)


Oi
A poesia voltou
Pela madrugada, discutíamos
na sala ou na cama
O porquê:
Por hoje, a manhã ou a saudade
Ontem, amanhã ou a eternidade
(16/10)

Lê mim se kiser

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Se a tarde talvez fosse azul não houvesse tantos desejos
Mas, vamos de mãos dadas
Se não fosse tanto era quase

E que mesmo em face do maior encanto
Leve sua consciência junto com os lençois pra lavanderia
E tenho dito
Quem dera que sinta as dores de amores
que louco senti

Amor, é tumor, meu amigo
Um dia- sol
De noite- chuva

Lê mim se kiser
(16/10)

later

Toda vez que andava de bonde com minha tia, antes de se sentar, ela tirava um tubo de talco da bolsa
e jogava sobre o assento. Intrigado, porém sem coragem de perguntar o porquê daquela atitude, eu a observava.
Certo dia, em um passeio pela Barão de Itaquara, tomei folêgo e perguntei:
- Tia Ada, por quê a senhora sempre joga talco sobre o assento?
Tia Ada olhou em volta e apontou-me um menino que cuspia sobre o assento.
- Está vendo? Não quero transformar a infância desses meninos em cuspe.
(14/10)





Dia a dia de um suicida:
- Puchar a descarga é fácil.
(14/10)


Tá qui, tá cá.

Onde? Tá aqui.
Onde? Tá cá.
Então, abandone Lisboa.

14/10/2009


Tenho perdido grande parte do meu líquido sobre uma fronha
Consequentemente a fronha transformar-se-á em parte de mim?
Não. Até a próxima lavavem.
Não. Até a próxima confissão.

15/10

17 de setembro de 2008

Remédio, chocolate ou Chopin?
Mesmo efeito do 'açaí', saí.
Vem de onde?


Pelo menos não preciso de óculos escuros.

12 de setembro de 2008

quando não tinha nada, eu quis.

get out.. just get out. blé









pronto, acabou.

6 de setembro de 2008

Severina Xique-xique




Ele tá de olho é na butique dela!
Ele tá de olho é na butique dela!

Antigamente Severina,
coitadinha, era muito pobrezinha,
ninguém quis lhe namorar.
Mas hoje em dia só porque tem uma butique,
pensando em lhe dar trambique,
Pedro quer lhe paqueirar, haih.

Quem sou eu

Minha foto
Poesia esculpida em carbono, oxigênio e nitrogênio.