14 de maio de 2008

Memórias de um escritor frustado

Acordo com Heros. Heros. Heros. Heros sente dor. Heros... Heros... Quem é Heros? Heros levanta-se. Não, eu levanto-me. Vou em direção a câmara de tortura. Fria. Mas, neste momento, a dor a aquece.
- Se ceder aos espasmos sentir-se-á melhor.
- Não. Sinto mais ou como no início.
A ardência no fim do tubo digestivo parece aliviar a dor inicial. Que dor inicial? Heros sentia dor. "Tenho medo de esquecer isso tudo quando me levantar".
O tiquetitear (tic- tiar? Afinal, 'tic-tac' é uma onomatopéia, e onomatopéia não tem direito a conjugação, som e verbo são completamente distintos) do relógio incorpora-se à trilha sonora.
Preciso levantar-me, o sono finalmente resgata-me do estupor.

Maldito remédio.

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Poesia esculpida em carbono, oxigênio e nitrogênio.